Fonte: Imagem de S. Hermann & F. Richter or Pixabay
O simbolismo libidinoso de alimentos e do ato de comer tem sido alvo de representação generalizada na Arte, na Cultura e no Imaginário de várias civilizações, ao longo dos tempos. O próprio vocabulário de cariz erótico traduz de forma vívida as relações luxuriosas entre o Amor e a Comida.
Sempre existiu a procura por alimentos “afrodisíacos” naturais como o chocolate, os espargos ou as ostras e a utilização de ingredientes estimulantes como ervas aromáticas e especiarias é parte constituinte do património gastronómico intemporal. Da mesma forma, a confeção de pratos com analogias eróticas está documentada na História Gastronómica portuguesa e europeia. Citamos o caso do escândalo cortês criado à volta da sobremesa “Le Puits d´Amour”, de Vincent La Chapelle, oferecida, na corte de Luís XV, nos jantares mais íntimos. A sociedade da época não foi indiferente às conotações veladas da concha de massa folhada recheada com geleia de groselha, sendo que o recheio foi posteriormente substituído por um creme de pasteleiro caramelizado para torná-la mais “aceitável”…
“O erotismo está para a sexualidade tal como a gastronomia para a cozinha” (Pasini, El cibo e l´amore, 1994)
Selecionamos um conjunto de materiais que julgamos ter interesse para uma leitura (descontraída) sobre este tema.
Sugestões para leitura
A holistic aesthetic experience model: Creating a harmonious dining environment to increase customers' perceived pleasure (2020)
Food with influence in the sexual and reproductive health (2019)